Esta imagem retrata Licantropos assumindo a sua forma de besta bípede na presença de luar (lua cheia), supostamente e segundo o folclore, alimentando-se e dilacerando corpos que jazem no cemitério devido à escacês de carne fresca.
Esta gravura Alemã que data do Séc. XVIII mostra-nos claramente um homem assumindo a forma de lobo.
Há muitos séculos passados, muitas Histórias e superstições serviam para punir pessoas inocentes e explicar verdadeiros crimes animalescos aos quais eram atribuídos obra do Demónio. Foram revelados casos epidémicos de licantropia em França entre 1520 e 1630, perto de 30.000 indivíduos tiveram o infortúnio de terem sido rotulados de Lobisomens, muitos estiveram sobre investigação criminal e tortura, levando-os a confessar, sobre um extremo sofrimento crimes horrendos que por vezes os levava à pena de morte.
Os que escapavam a esse terrível destino eram perseguidos pelo trauma da interrogação, que deixava cicatrizes para toda a vida.
Em França, qualquer pessoa que tivesse muito pêlo no corpo todo, com sobrancelhas grossas que se fundem, com as palmas das mãos muito ásperas e calejadas e com grandes olhos arregalados podia ser acusado de ser um lobisomem pela inquisição e, posteriormente condenado à morte ou a severos castigos, onde os crimes com extrema crueldade eram julgados equivocadamente como práticas de lobisomem.
Em 1573, uma aldeia francesa nas proximidades de Dôle foi "palco de terror" das atrocidades de um grande lobo que matou e devorou parcialmente dezenas de crianças, constatou-se que o mesmo animal tinha uma enorme semelhança facial com uma pessoa chamada Gilles Garnier, sendo preso o mesmo confessou sob tortura que fizera pacto com um espírito maligno da floresta onde lhe dera um líquido que, aplicado ao corpo, transformava-o em um lobo - após o julgamento foi queimado vivo.
A gravura acima remonta á Idade Média, onde podemos ver claramente um ataque de Lobisomem descrito por aldeões. O que induzia a perseguição e caça ao lobo.
Em França um jovem homem de Besançon com a inteira consciência do horrível destino que lhe esperava, derigiu-se voluntariamente ao Comissário Espaignel e confeçou-lhe que era um servo de um poderoso demónio que era conhecido por “Senhor das Florestas” e que pelo seu poder se transformaria num Licantropo (lobo). O “Senhor das Florestas” assumia também a mesma forma, mas muito maior, raivoso e forte. Á meia-noite
eles juntaram-se e rondaram os pastores, dilacerando os cães de guarda que defendiam os campos, e mataram mais ovelhas do que aquelas que conseguiam devorar. Ele disse: eu senti um prazer diabólico naquelas mutilações e uivei de alegria enquanto cravava as garras na carne morna de uma ovelha.
No Terceiro Século em França, Raimbaud de Pinetum foi deserdado pelo Ponce de Chapteuil o nobre. Pinetum era um homem muito activo com treino militar e não levou a bem a sua deserdação. Ele começou a rondar como uma besta selvagem, vagueando pelas florestas e trilhos. Uma noite, profundamente afectado pelo grande pavor, ele perdeu os sentidos e transformou-se num lobo.
Pinetum causou grandes estragos, forçou muitos agricultores a abandonarem as suas casas, mutilou idosos com as suas garras e devorou crianças. Por fim ficou uma das patas cortada fora por um lenhador, após a sua amputação ele regenerou a sua forma humana. Ele admitiu publicamente que tinha decidido sacrificar uma perna, porque com a amputação conseguiria livrar-se daquele infortúnio.
A gravura retrata exactamente um dos muitos assombrosos ataques que naquela altura se deram.
Esta gravura mostra-nos um Burguês com o infortúnio de sofrer o escárnio do povo da altura de o relatar como lobo, a doença não escolhia classes nem faixas etárias.
Várias pessoas torturadas e até mesmo mortas por se acreditar que eram Lobisomens.
Um Homem-Lobo devorando um homem (ilustração de um bestiario mediaval). Na Idade Média acreditava-se que Homens-Lobo eram reais.
Imagem dos finais di Séc. XII Lav du bisclavaret de Marie de France. Uma ilustração do livro: Human Animals de Frank Hamel (1915).
Execução em 1685 de um burguês de Ansbach.
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