A lenda do lobisomem de Três Lagoas. | |
O lobisomem teria aparecido na Vila Haro, no Parque São Carlos e na Vila Alegre. Nesse último bairro, por exemplo, um casal declarou que o bicho estaria atrás de um filho recém-nascido, pelo fato de que ainda não havia sido batizado. | |
Foto: www.hojems.com.br | |
No anos 90, o quadro Sim Limite do Fantástico, da Rede Globo, levou ao ar a história uma história hilária que até hoje é lembrada. Trata-se de um lobisomem que teria aterrorizado moradores em alguns bairros de Três Lagoas. Ao abrir a matéria, o apresentador Lima Duarte referia-se ao município como uma “cidadezinha de Mato Grosso do Sul” em que a população estaria amedrontada com algo que ninguém sabia explicar do que se tratava. Vários moradores disseram ter visto o bicho, como a dona Iracema Cardoso, por exemplo. Segundo ela, era um tipo de porco, misturado com urso, que não tinha rabo. Alguns até imitaram os seus uivos. À época não se falava em outra coisa e, volta e meia, a lenda volta à tona. O assunto, inclusive, rendeu um quadro regular no programa do saudoso Wilson Alaman, intitulado “O plantão do Lobisomem”, pela Rádio Caçula. O radialista Alex Freitas também testemunhou a respeito do fenômeno. Além de entrevistar pessoas, o Fantástico registrou a intervenção da PM à caça ao lobisomem, que foi procurado em várias regiões da cidade. O então capitão Gulherme – sub comandante do 2º BPM e hoje tenente coronel, comandante do 3º BPM de Dourados - disse que a operação teve a finalidade de fazer com que a população retomasse suas atividades normais no período noturno. Recolheu- se pêlos em arames farpados, que foram encaminhados para exame, mas até hoje não se sabe o resultado. O lobisomem teria aparecido na Vila Haro, no Parque São Carlos e na Vila Alegre. Nesse último bairro, por exemplo, um casal declarou que o bicho estaria atrás de um filho recém-nascido, pelo fato de que ainda não havia sido batizado. O mais interessante é que ainda contam que o lobisomem continua a aparecer pela cidade fazendo suas investiduras nas casas dos evangélicos principalmente, pois eles costumam exorcizar todos os tipos de demônios e talvez seja a hora de chamamos os pregadores da doutrina para dar fim ou solucionar de vez o caso que intriga muita gente. O lobisomem, ou tecnicamente licantropo (palavra derivada do nome do rei mítico Licaão), é um ser lendário, com origem em tradições européias, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo, em noites que ele sente extrema raiva, só voltando à forma humana novamemente quando se acalma.Tais lendas são muito antigas e encontram a sua raiz na mitologia grega. Segundo As Metamorfoses de Ovídio, Licaão, o rei da Arcádia, serviu a carne de Árcade, a Zeus e este como castigo, transformou-o em lobo (Met. I. 237).Uma das personagens mais famosas foi o pugilista arcádio Damarco Parrásio, herói olímpico que assumiu a forma de lobo durante nove anos após um sacrifício a Zeus Liceu, lenda atestada pelo geógrafo Pausânias.Segundo lendas mais modernas, para matar um lobisomem é preciso acertá-lo com artefatos feitos de prata. Os lobisomens aparecem em muitas histórias antigas. Em algumas histórias, eles próprios se transformam em lobos. Podem conseguir isso cobrindo-se com uma pele de lobo, bebendo água depositada em uma pegada de lobo ou esfregando um ungüento mágico sobre o corpo. Em outras lendas, as pessoas são transformadas pelo poder mágico de outras. Pelo mundo todo, lendas e superstições mostram o lobisomem como um personagem maligno. De acordo com antigas crenças, é um homem que possui a maldição ou poder de transformar-se em lobo durante a noite, em particular sob a influência da lua. Presumia-se que a maldição era contraída através da mordida de um outro lobisomem, ou amaldiçoada por um mago. A imagem mais comum é a de uma criatura do mal, percorrendo a noite em busca de vítimas, tanto animais quanto humanas. Os lobisomens, na maior parte das histórias, tentam comer as pessoas. As pessoas que são ameaçadas pelos lobisomens usam vários métodos para trazê-los de volta à forma humana. Entre esses métodos incluem-se dizer o verdadeiro nome do lobisomem, bater três vezes na testa dele e fazer o sinal-da-cruz. De acordo com as histórias, um modo de se descobrir a identidade do lobisomem é ferí-lo depois procurar uma pessoa que tenha os mesmos ferimentos. As histórias sobre os lobisomens já foram muito comuns na Europa, com vários nomes, e se difunde no Brasil pelas vilas e roças. É um homem que se transforma em lobo ou cão. Geralmente é descrito como um homem recoberto de pêlos de lobo que, nas altas horas de Sexta-feira, sai à procura de suas vítimas, de quem bebe o sangue. Lendas de outras partes do mundo contam sobre pessoas que se transformaram em outras espécies de animais. Entre esses animais estão os tigres, em Mianmá e na Índia; as raposas, na China e no Japão; os leopardos, na África ocidental; e as onças, entre os índios da América do Sul. A palavra técnica para lobisomem é licantropo. Essa palavra vem do nome de um rei da mitologia grega, Licaão, que foi transformado em lobo pelo deus Zeus. Licantropia é uma forma de doença mental em que a pessoa imagina que é um lobo. Lendas e superstições mostram o lobisomem como um personagem malígno. Um homem ou espírito na forma de um lobo que vaga pela terra à noite. De acordo com antigas crênças, é um homem que possui a habilidade da transmutação em um lobo durante a noite, em particular sob a influência da lua. Esse termo foi originalmente usado para descrever um homem capaz de transformar-se em um lobo, mas hoje é mais utilizada na psiquiatria para descrever um bem conheçido tipo de alucinação. É uma doença psicológica a qual o efeito é a crênça, por parte do infectado, de que seja realmente um lobisomem. Em muitos casos Lincantropia é o resultado de um ocorrido desejo por poder ou até mesmo desejos sexuais reprimidos. Mas existem alguns lincantropos que são mais afetados mentalmente do que outros, tornando-os muito perigosos por seus arredores, e até por matar em extremo. As lendas sobre Lobisomens tiveram início na França, no séc. XV. Mais de 30.000 ações judiciais contra Lobisomens aconteçeram. E quase 100 delas foram executadas pois eles teriam cometido seus crimes na forma de um lobo. Na verdade esses pobres diabos eram apenas Lincantropos. Não se sabe exatamente quando os Lobisomens apareceram. A primeira aparição deve ter ocorrido no século 5 a.C., quando os Gregos, estabelecidos na costa do Mar Negro, levaram estrangeiros de outras regiões para mágicos capazes de transformar a si mesmos em lobos. Os anciãos diziam que essa metamorfose tornava possível a aquisição da força e astúcia de uma fera selvagem, mas os Lobisomens retiam suas vozes e vislumbre humanos fazendo com que não fosse possível distingui-los de um animal comum. Por outro lado, a verdadeira e mais comum lenda dos Lobisomens nasceu em terras francesas. De acordo com as lendas, existem quatro formas de alguém se tornar um Lobisomem. Elas vêm a seguir: 1a: Pela própria maldição, resulta em o que é chamado de Lobisomem Alpha, que pode ser visto como o primeiro Lobisomem de uma grande família. O desafortunado indivíduo ganha a perversa maldição por ter desafiado ou destruído um poderoso mago. Ele irá perceber que está amaldiçoado na primeira noite de lua cheia, depois do encantamento. A primeira metamorfose é a mais traumática e uma completa surpresa. 2a: Transmissão hereditária devido ao fato da criança do Lobisomem obter a mesma maldição de seu pai ou mãe. É exatamente o mesmo resultado de ser mordido por um Lobisomem. Se um Lobisomem decidir transmitir a maldição para outra pessoa, é suficiente que ele a morda. Mas normalmente, o Lobisomem irá considerar muito cruel amaldiçoar alguém dessa forma, então escolherá matar e devorar a vítima. 3a: Sobreviver à um ataque: Se alguém for mordido e sobreviver, ele vai dormir bastante nas próximas semanas enquanto a doença se propaga por seu corpo. Com a primeira lua cheia, a vítima vai descobrir seu novo e maléfico potencial e um incontrolável desejo de sangue (não limitado à humanos). 4a: Um método discutível de se tornar um Lobisomem é ser mordido por um Lobo que decide amaldiçoar um homem, por qualquer rasão. O princípio continua então como a maldição por mágica, não significando doença, mas metamorfose na primeira noite de lua cheia. Hierarquia das Famílias Um Lobisomem Alpha pode gerar uma série de Lobisomens Beta na terra, tanto por reprodução quanto através de mordida. Este deve absolutamente manter a lealdade dos Lobisomens Beta, porque se não, como são imortais, o resultado será sangrentas batalhas pela liderança da alcatéia. Certos Lobisomens rebeldes podem instigar atritos em uma alcatéia. Sem dúvida, os Lobisomem Alpha, mesmo sendo o líder, não pode realmente machucar um Lobisomen Beta de sua família, pois neste caso todos os danos que ele infligir, serão também infligidos nele próprio, podendo levar à morte. Por outro lado, um Lobisomem Beta pode matar um Lobisomem Alpha sem dificuldade e, assim, libertá-lo da maldição. Para a sorte do Lobisomem Alpha, a alcatéia pode controlar os rebeldes, pois um Lobisomem Beta pode matar outro Lobisomem Beta sem problemas. Usualmente, o Lobisomem Alpha é protegido por um ou mais Lobisomens Beta. É similar à árvore genealógica onde nenhum pode ferir seus descendentes, mas sim, ferir seus ancestrais e irmãos e , ainda, com o fato de que matar um ancestral irá causar uma quebra na cadeia e abençoar todos da mesma família. A maldição é quebrada quando o Lobisomem Alpha é eliminado. Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher amancebada com um Padre. Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa. Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até um encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua. Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita, 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante. Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger. Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem. Nomes comuns: Lobishomem, Licantropo, Quibungo, Capelobo, Kumacanga (Pará), Curacanga (Maranhão), Hatu-Runa (Equador - América do Sul), El Chupasangre (Colômbia). Em Roma antiga já era mencionado pelo historiador Plínio. Além de lobo, na Europa, ele, pode se trasnformar também em Jumento, Bode ou Cabrito Montês. Para virar Lobisomem, o homem se espoja numa encruzilhada onde os animais façam espojadura. Conta-se que o Lobisomem, sai à procura de meninos pagões e, quando os encontra bebe seu sangue. De acordo com a região, ele, é uma pessoa que foi amaldiçoada pelo pai, padrinho ou padre. Quando a pessoa é branca, vira um cachorrão preto e quando é negro vira um cão branco. Algumas versões dizem que ele sai às noites de quinta para sexta, em busca de cocô de galinha para comer, e por isso invade os galinheiros. Depois disso ele vai em busca de crianças de colo para lamber suas fraldas sujas de cocô. Para quebrar seu encanto, basta que alguém faça nele um pequeno ferimento do qual saia pelo menos uma gota de sangue. Ou ainda, o acerte com uma bala untada com cêra de vela que queimou em 3 missas de domingo ou Missa-do-Galo, na meia noite do Natal. Desde 2007 o vídeo com a história do lobisomem foi postado no Youtube e já teria mais 100 mil acessos. www.contoselendasblogsports.com.br |
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